quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Magister e SIEM na midia

Técnica de ensino usa simulação da história

Modelo, como é conhecido, faz com que alunos aprendam representando

13 de setembro de 2010 | 0h 00
Luciana Fadon - O Estado de S.Paulo
O clima é tenso na sala em que Getúlio Vargas discursa sobre a revolução que os paulistas tentaram levantar. No espaço ao lado, o papa Pio IX está reunido no Concílio Vaticano I, debatendo temas teológicos. Ao longe, se ouve gritos de "Abaixo o bolchevismo". Tudo isso no mesmo espaço, nas salas de aula de uma faculdade, onde estudantes do ensino médio simulam fatos históricos - uma técnica de ensino e aprendizagem que mistura teatro com realidade.
Teatro. Os alunos Joana Perrone, Lucas de Carvalho (com uniforme) e Marcello Delai durante representação na FGV

Também chamados de modelos, esses eventos propõem que o participante - aluno do ensino médio ou universitário - simule situações reais vivenciadas nas mesas de negociações diplomáticas, exercitando habilidades como a oratória, a escrita, a lógica, o trabalho em grupo, a identificação de uma situação-problema e sua resolução. O método, que começou dentro de universidades, ganhou encontros anuais e novos adeptos no ensino médio. Em São Paulo, existem três eventos desse tipo voltados para alunos do ensino médio: o Fórum FAAP, organizado em maio; o São Paulo Model United Nations (SPMun), que teve neste ano sua primeira edição; e a Simulação para o Ensino Médio (SiEM), realizada na última semana. Os dois primeiros se dedicam exclusivamente a simulações de comitês das Nações Unidas, enquanto a SiEM propõe aos estudantes situações e desafios históricos.
Para os estudantes, a maior atração é a possibilidade de poder reviver e entender fatos históricos, modificando seu curso durante as representações. Eles estudam o tema e se vestem de parlamentares ingleses, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), líderes políticos, religiosos e representantes de veículos de comunicação.
Já os professores enxergam nesses eventos elementos positivos para a realização do Enem e de vestibulares. "As simulações possibilitam a visualização de situações-problema, que são a base do Enem e de várias provas de vestibular. Além disso, há um excelente trabalho da velocidade argumentativa", diz Pablo Reimers, professor de Língua e Cultura Hispânica do Colégio Magister. "Os alunos passam a ter domínio do objeto estudado e têm de dialogar com perguntas e conteúdos que são cobrados nos principais vestibulares."
Joana Perrone, que está no 3.° ano do colégio Nossa Senhora das Graças, vê nas simulações uma maneira lúdica de aprendizado. "Ao participar de modelos, acabo aprendendo sem necessariamente ter de sentar e só ler."
Oratória. Gabriel Toledo, aluno do ensino médio, simula protesto durante Revolução Russa Marcello Delai, do 3.° ano do Porto Seguro, diz que os conhecimentos adquiridos não são apenas históricos. "Ao entendermos diferentes ideias e posições, conseguimos formar e reagir a diferentes percepções, complementando nossa formação como cidadãos."
A professora de geografia Regina Mara da Fonseca trabalha há 10 anos com um modelo interno do colégio Bandeirantes. A técnica, que está sendo adotada cada vez mais por colégios particulares, é vista por ela como "a ferramenta pedagógica mais completa". "O aluno aprende a falar, ouvir, escrever, usar da diplomacia. É um tipo de aprendizado ativo."
Laboratório. "As simulações seriam nosso laboratório, a atividade prática da área de humanas", argumenta o professor de história do Colégio Magister, Maurício Parsi. Para ele, as simulações usam a dramatização como método de ensino em sala de aula. Os alunos entram no clima teatral e acabam incorporando o personagem, como mostra Lucas de Carvalho Moreira, de 17 anos, do 3.º ano do colégio Leonardo da Vinci, em Brasília. Trajando indumentárias militares, Lenin, como ficou conhecido, revela que tem de atuar. "O participante de simulações é um ator."
Jonas Tavares, do 2.° ano do Anglo Cassiano Ricardo de São José dos Campos, não perdeu por um minuto a pose imponente de Vargas em sua simulação. "As simulações também são positivas porque treinam sua segurança e confiança." Seu interesse nesse tipo de evento surgiu em seus próprio colégio. "E também porque eu quero seguir a carreira diplomática", diz.
Entre os participantes, porém, não há apenas interessados na carreiras humanas. Estudantes que pretendem prestar Medicina, Engenharia e até mesmo Física aproveitam a experiência adquirida durante as simulações. Marcello disse querer Arquitetura, mas que agora não descarta a possibilidade de cursar Direito. "Comecei a pensar nessa segunda possibilidade depois de começar a frequentar as simulações. Elas podem tanto ajudar quanto confundir na escolha da profissão", analisa.

Conhecimento
LUCAS MOREIRA
ALUNO DO LEONARDO DA VINCI

"Nos modelos, obtenho conhecimentos específicos e gerais que, de outra maneira, não teria contato. Além disso, temas abordados no vestibular estão sempre presentes nas discussões."
REGINA MARA
PROFESSORA DO BANDEIRANTES

"O maior retorno vem dos pais, ao ver que seus filhos passam a ter opinião e a ser mais participativos dentro e fora da escola."

comentários para este post 2

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2 João Guilherme Werner
13 de setembro de 2010 | 20h 47
Fico imensamente maravilhado com a possibilidade e a oportunidade das simulações aparecerem na mídia. Como não podia deixar de ser, sou um modeleiro dedicado (inclusive participei da SiEM 2010, citada na reportagem) e posso dizer que esses eventos fundaram um marco na minha vida pessoal e acadêmica. A excelência exigida nesse tipo de atividade só faz com que os participantes se projetem cada vez mais nas questões socias, com criticismo e propriedade, aprovando resoluções muitas vezes inovadoras, inusitadas e brilhantes.
Modelo não é brincadeira, teatro ou mero ludismo: é uma oportunidade ímpar de se engajar num universo político que, apesar de nos vogar diariamente, não é, muitas vezes, inteligível. As simulações, portanto, criam uma nova esperança no que diz respeto à educação e ao criticismo: quesitos escassos em muitos dos quadros atuais.
Saudações a todos os modeleiros!
1 Antonio C Pereira
13 de setembro de 2010 | 10h 19
Excelente, este sistema deve ser obrigatório em todas escolas, uma forma dos alunos entenderem como aconteceu na vida real, desta forma creio que a violencia contra os professores diminue, assim havera mais interesses por partes dos alunos. Aplicar em todas as matérias e sei que é possível. Parabéns aos idealizadores.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Opinião dos nossos alunos sobre a SIEM








Opinião dos Professores Pablo Reimers e Mauricio Parisi sobre o SIEM




Clique neste link para ver a opinião dos profesores sobre a SIEM

Opinião dos pais e familiares dos nossos alunos sobre a SIEM

Professores Pablo e Mauricio,

Gostaria de em primeiro lugar agradecer todo apoio e cuidados que tiveram  antes e durante o siem com nossa filha Natália bem como com todos os participantes que representaram o Magister lá , a participação dos jovens nestas simulassões são de grande importância para seu desenvolvimento pessoal e estudantil , a Natália havia amado participar do forum na FAAP mas ficou maravilhada com a organização e desenvolvimento do siem , pelos seus comentários esse grupo superou as expectativas dos delegados do siem , espero que o entusiasmo desta turma posso motivar a outros jovens a participarem e viverem como eles 5 dias de debates, de superação e desenvolvimento, a participação da Natália nestes simulados propicionou novos horizontes de profissões a seguir .

Obrigada

Shirley Antunes 
(Mae da  aluna Natalia Antunes)






Achei uma experiência muito interessante, pois nunca imaginaria Larissa participando de uma simulação de qualquer tema que fosse, quem diria com temas relacionados com história. Mas pela dedicação que observei nos últimos dias e principalmente durante a realização do evento, já estou achando muito válido, pois esta mostrando o quanto, todos nós somos capazes de nos superar quando nos propomos a executar qualquer  tarefa que seja. Obrigado a todos!


Mãe da Aluna Larissa Alfenas



Com relação ao Projeto SIEM, posso informar que o evento demonstrou  algo deveras interessante aos alunos, pois faz com que os mesmos desenvolvam um senso de participação e de trabalho em equipe de alto nível.
Os temas desenvolvidos foram bem elaborados e o apoio recebido pelos alunos do Magister,pelos professores Pablo e Mauricio designados pelo coordenador Pedagógico Marcelo Feitosa podem ser classificados como exatos.
Os alunos tiveram um grau de comprometimento acredito acima até do esperado, haja visto o grau de discussão apresentados pelos mesmos após os finais dos debates, bem como em seus intervalos.
Como pessoa (visitante) que tive a oportunidade de assistir várias simulações, gostaria de ver este projeto desenvolvido dentro do Colegio Magister, para que os alunos possam ter uma visão maior da responsabilidade de cada pessoa em cada ato da história.

Parabéns a todos os participantes

Ivan Carlos de Melo
Tio do alono Leonardo Alves de Melo



A Coordenação  Pedagógica.


           Tendo acompanhado minha filha nestes dias, e também com o reconhecimento do encontro anterior (FAAP), evidencio pontos de grande importância e aplicabilidade aos alunos:

  • Mantém uma disposição inerente e com o desenvolvimento de um censo de responsabilidade;
  • Buscam informações, que ultrapassam a formação convencional, interagindo e discutindo com formadores e passando a serem formadores de novos pensamentos;
  • Participam e tentam entender uma realidade presente fora dos muros da escola;
  • Os debates direcionam seus participantes a responderem em situações por vezes não previstas, como ocorrem em nossos atos;
  • Estimula-se que dialoguem, cerquem-se de dados que possam usar como base a sua participação, pesquisam e têm que ouvir o que os outros preparam, desenvolvendo um senso crítico;
  • Observo que apesar dos encontros terem ocorridos em épocas de feriados prolongados, não houve manifestação de terem perdido o feriado, mas sim ganhado em formação;
  • Com o fim do primeiro encontro e chegando ao fim o atual, identificado a vontade e disposição de participarem nos do próximo ano.

Com os dados observados, entre estes os destacados acima, reconheço como de grande formação estes encontros, não só para o estudante, mas para o cidadão que a escola prepara para o mundo.


São Paulo, 06 de setembro de 2010.

Roberto Antonio Fiore
RG: 6.911.320-8

 Pai da Aluna Beatriz Fiore


Clique neste link para ver a opinião de alguns familiares de nossos Alunos


Relatório do último dia da aluna LARISSA ALFENAS



 Começamos o dia discutindo, na última seção do concílio na SiEM, sobre a infalibilidade papal, discutindo os pontos negativos e positivos do tema. Deixamos o assunto em aberto e passamos para as invasões das tropas de Garibaldi, onde houve um aproximação. Tivemos que nos retirar para Malta. Ao chegar, começamos a produzir um documento de trabalho sobre a infalibilidade. O Papa continuou no Vaticano, podendo assim ser morto. Reunimos os documentos de trabalho para que conseguíssemos fazer a encíclica. Com isso conseguimos dar continuidade a essa escrita, acabamos ficando nessa seção para que o nosso “trabalho” do período que ficamos discutindo e debatendo sobre os temas propostos pelo concílio fossem concluído, por esse motivo acabamos almoçando na seção. E no final conseguimos dar um “término” ao concílio. 



Relatório do terceiro dia da aluna LARISSA ALFENAS


No início do dia começamos a debater sobre o liberalismo em geral. Houve uma debate moderado a respeito disso, pois os arcebispos Connoly, Kenrick e Darboy se pronunciaram a favor do liberalismo. Esses arcebispos pensam que com o liberalismo o país deles estaria “melhor”. Ao longo do dia mudamos para o próximo assunto, dando término do tema anterior (liberalismo), e dando inicio ao tema seguinte que foi infalibilidade papal, onde os arcebispos Kenrick, Darboy e Connoly não concordaram plenamente com o tema. O concílio em geral propôs e concordou em “usar” a última seção do dia para debater sobre esse tema. Nesta seção houve a presença de um representante de uma igreja católica oriental. Tiveram inúmeros argumentos,
Na última seção o debate passou a ser moderado. Recebemos uma carta onde retratava que os padres participantes do concílio Vaticano deveriam decidir se a infalibilidade papal deve ser considerada um dogma ou não. Depois de um longo debate resolvemos escrever em um papel os pontos positivos e negativos sobre o tema. Acabamos tendo que deixar o assunto em aberto para debater no próximo dia.

Relatório do último dia do aluno FERNANDO PIOVESAN



A Simulação de Ensino Médio (SiEM) é uma nova forma de compreender as características de temas variados. Através desse fenômeno recente, podemos abranger situações diferenciadas e discutir o futuro de uma nação ou um caso diplomático.
Sou um representante do Parlamento Inglês da “Câmara dos Comuns”, defendo a ideia de que a Burguesia deva tomar o poder. Viver em época de grandes mudanças sociais não é algo extremamente fácil, principalmente quando se encontramos em uma Monarquia Absolutista que frequentemente sofre por problemas sociais.
Após esses cinco dias de SiEM discutimos temas variados, como a permanência ou não do rei; a religião oficial da Inglaterra; invasão de terras vizinhas. A Inglaterra estava completamente sob o caos social. Tropas escocesas enviadas pela nobreza estavam invadindo cidades ao sul com o apoio do rei Carlos I. Propomos a invasão da Irlanda como forma de conseguir capital rapidamente para combater os escoceses, porém quando aprovamos este projeto de resolução, esquecemos que as tropas inglesas já estavam empenhadas a combater os escoceses, com a sua retirada do sul para o norte, deixamos aberto o caminho para o avanço do rei.
Porém o plano do rei só foi concretizado com eficiência devido a várias conspirações que frequentemente ocorreram em nosso parlamento, agentes do rei estavam infiltrados e dispostos a informar com antecedência sobre as diversas formas de ataque contra o próprio. A invasão da Irlanda já estava previamente avisada ao rei por um Realista membro da Câmara dos Comuns, naturalmente um traidor.
Se dependesse por nós, talvez viveríamos ainda sob Monarquia Absolutista já que o avanço do rei foi possível. A proposta do SiEM é de grande respeito, através dessas grandes simulações conseguimos compreender mais aprofundado temas que geralmente não são discutido em sala de aula. Só após participar da primeira simulação o aluno compreende que ele pode afetar todas as consequências na sociedade. Reforçando a ideia do slogan utilizado pelos idealizados da SiEM: “Fazendo História”.

Relatório do último dia da aluna NATALIA ANTUNES



Hoje sendo o ultimo dia começamos com a infabilidade, pois esta ficou em discussão hoje, com vários argumentos não consegui mudar as opiniões porem como ainda éramos a maioria, pois os argumentos deles também não nos convenceram a infabilidade papal virou um dogma. Um vitoria muito honrosa a nosso senhor.
Tivemos como se fosse uma crise, pois as tropas de Garibaldi saíram, mas cegaram a dos governantes Italianos aconteceu que em uma hora não era só o exercito, mas também o povo não católico da Itália. Nesse momento o concilio decidiu mudar de lugar indo para uma ilha, onde lá teria paz, para terminar o concilio. Porem o Santo padre fica no Vaticano. Conseguimos terminar nessa ilha todos os nossos assuntos fazendo uma encíclica e fazendo transformando a infabilidade papal em um dogma. Todos os nossos documentos foram aceitos por vossa santidade. E por ter saído do Vaticano e ter encerado o concilio mudamos a historia que realmente aconteceu. 



Relatório do último dia do aluno LEONARDO ALVES DE MELO


Gabinete: MFA

Ano: 1°B

Personagem: Capitão Rodrigo de Souza e Castro


   Hoje foi o ultimo dia no SiEM, tivemos apenas uma sessão para resolver todos os problemas. Esta sessão foi marcada principalmente por várias tentativas de golpe para derrubar o governo.


   O comitê estava dividido em dois, de um lado os grupos esquerdistas, e do outro os grupos de centro ou direitas.


   Os grupos de esquerda saíram na frente no golpe prendendo dois do outro grupo, mas a OTAN e o EUA ficaram sabendo e interferiram, invadindo a prisão e libertando os dois.


   No final, o presidente conversou com os lideres da OTAN e despediu o primeiro-ministro, que era causador de todo problema. O grupo centro-direita venceu.


   Outra coisa que marcou o dia foi a despedida, com vários discursos e um vídeo, que mostrava fotos do SiEM.

   Eu realmente gostei muito, não achei que seria tão legal, foi muito mais do que esperava. Realmente tudo o que se faz, muda a história.

Relatório do último dia do aluno LEONARDO ALVES DE MELO




Gabinete: MFA

Ano: 1°B

Personagem: Capitão Rodrigo de Souza e Castro


   Hoje foi o ultimo dia no SiEM, tivemos apenas uma sessão para resolver todos os problemas. Esta sessão foi marcada principalmente por várias tentativas de golpe para derrubar o governo.


   O comitê estava dividido em dois, de um lado os grupos esquerdistas, e do outro os grupos de centro ou direitas.


   Os grupos de esquerda saíram na frente no golpe prendendo dois do outro grupo, mas a OTAN e o EUA ficaram sabendo e interferiram, invadindo a prisão e libertando os dois.


   No final, o presidente conversou com os lideres da OTAN e despediu o primeiro-ministro, que era causador de todo problema. O grupo centro-direita venceu.


   Outra coisa que marcou o dia foi a despedida, com vários discursos e um vídeo, que mostrava fotos do SiEM.

   Eu realmente gostei muito, não achei que seria tão legal, foi muito mais do que esperava. Realmente tudo o que se faz, muda a história.

Relatório do segundo dia da aluna NATALIA ANTUNES



Começamos hoje já com o Liberalismo e quase levou duas seções, os padres que estavam levando como base de seus argumentos o âmbito pessoal foram advertidos pela igreja e assim tornando um debate mais emocionante. Mesmo com isso consegui mostrar a eles que o Liberalismo não era aceitável, porem a mudança seria feita de um jeito ameno. E começamos a infabilidade papal que gerou muitas opiniões diversas e ficamos para terminar esse assunto hoje. Pelo mesmo por hora a elevação da infabilidade papal a um dogma é aceito pela maioria, então estou feliz por essas opiniões, pois nunca aceitaria a não elevação a dogma.


Relatório do terceiro dia dos alunos: GUSTAVO LOPES e JOÃO CREMASCO


O dia de hoje foi muito movimentado. Na sessão inicial, uma das pessoas que representam a ministra Carmen Lúcia e uma das pessoas que representam o ministro Gilmar Mendes faltou. Portanto, eu, ministro Ayres Britto, o ministro Antônio Cezar Peluso e a ministra Ellen Gracie falamos muito, desarticulando os ministros que são contra a extradição, construindo uma base argumentativa sólida e consistente, impondo dados históricos e sociológicos que ainda não haviam sido considerados no caso Battisti, como por exemplo, a opinião de uma das figuras máximas da esquerda italiana Massimo D’Alema Podemos dizer que os ministros a favor da extradição “venceram” a sessão inicial.


 
Na sessão após o almoço, a pessoa que faltava da ministra Carmen Lúcia chegou. Ela, utilizando de táticas emocionais para nos desestabilizar, começou a utilizar gritos e berros para tentar convencer os demais ministros, sendo que, houve um momento em que ela chegou a debochar da minha cara. Entretanto, no coffee break, ela veio pedir desculpas, em um ato muito digno, dizendo que ela tinha um conhecimento superficial do caso e que ela tinha que usar alguma tática para convencer o resto das pessoas que ela sabe alguma coisa.

Nessa sessão, a ministra levantou o fato de que a pena máxima para crimes comuns na Itália é 30 anos e, no entanto, Battisti foi condenado à prisão perpétua, o que caracterizaria um crime político. Também tivemos muitas aparições no STF, como foi o caso de uma testemunha, amigo de Battisti, um representante do CONARE e a volta do advogado de defesa de Cesare Battisti e da representante da Itália no Brasil

Em suma, o governo continuou travado, conosco andando em círculos. Afinal, é pouco assunto para tantos dias. O STF julgou o caso em 11 horas e no SiEM, foi concedido 4 dias, contando com amanhã. Por isso, em alguns momentos a discussão ficou estressante, o clima pesado, alguns ministros querendo se impor sobre outros, entre outras coisas. Amanhã, o dia promete muito mais, uma vez que amanhã será a votação final para decidir pela extradição ou não do ex-ativista italiano Cesare Battisti.

Relatório do terceiro dia do aluno: FERNANDO PIOVESAN


Realmente, viver em época de grandes mudanças sociais não é fácil. Hoje no terceiro dia de simulação, sentimos na pele o que é viver em uma Monarquia Absolutista que frequentemente sofre por guerras e conflitos com outras nações.

A “Câmara do Comuns” do Parlamento Inglês é formada por diversas classes sociais (burgueses, realistas, presbiterianos, puritanos, independentes, lordes, militares...) que buscam a todo instante concretizar suas ideologias de leis. Acredito que a maior dificuldade de um Parlamento sejam essas divergências de opiniões. Esses desacordos ocorrem com maior frequência quando estamos em meados de 1600, já que a sociedade está passando por grandes transformações, enquanto alguns se prendem as amarras da Monarquia outros propõem a República Parlamentar, mas um consenso entre todos os parlamentares é algo extremamente difícil de concretizar.

O tema principal discutido neste terceiro dia foi o destino de Carlos I, porém enquanto discutíamos o exílio do rei, ele já havia escapado e estava vindo em direção ao norte da Inglaterra com tropas escocesas devastando as cidades visitadas com o seu exército. Estávamos em um “beco sem saída”, não tínhamos capital para organizar um exército com eficiência para combater os escoceses e nem ao menos uma diplomacia com o rei, já que o mesmo não estava disposto a negociar.

O dia foi extremamente desgastante, várias soluções foram propostas, porém muitas descartadas. Esperamos para o dia de amanhã solucionar todas as deficiências da sociedade Inglesa ou ao menos tentar se desvincular da Monarquia Absolutista e se aproximar de algum sistema que não empeça o desenvolvimento do Capitalismo.

“Viva a Burguesia!”

Relatório do terceiro dia do aluno: LEONARDO ALVES DE MELO



Relatório do dia 06/09 (Segunda)

Nome: Leonardo Alves de Melo

Gabinete: MFA

Ano: 1°B

Personagem: Capitão Rodrigo de Souza e Castro

A questão principal do dia foram as revoltas que viam ocorrendo em todo território português, questão que vinha ocorrendo por causa da instabilidade do governo, principalmente quando o primeiro-ministro retirou 3 pessoas do cargo de ministro sem nos consultar.

Outra questão que parece que não terá solução é a permanência ou não de Portugal na OTAN e uma possível aliança a Cuba.

Houve um debate entre Mario Soares (ex-ministro das relações exteriores) e Álvaro Cunhal (ministro das relações exteriores).

O que realmente marcou o dia foram as discussões sobre reuniões secretas com os EUA e com Álvaro Cunhal. O gabinete estava dividido.

Relatório do terceiro dia da aluna: BEATRIZ CAMARGO FIORE



No dia 06/09/2010, as discussões foram diversas; tivemos certo problema com a movimentação de alguns parlamentares, não se sabe ao certo se eles estavam conspirando ou se realmente estavam fazendo o que diziam que faziam como ir ao banheiro, por exemplo.

O futuro de Carlos I foi debatido e a maioria concordava que o monarca não poderia retornar ao poder, porque, provavelmente, estabeleceria o absolutismo e fecharia o parlamento novamente. Uma notícia que mexeu com os ânimos de todos e acalorou os debates foi o fato do rei ter feito uma visita não comunicada à câmara dos lordes e não convocou os comuns.

Soluções para a eminente crise econômica e política da Inglaterra foram colocadas em pauta; porém sempre eram impossibilitadas de serem postas em prática, geralmente por causa da posição das tropas escocesas que já estavam em Londres; a idéia de um empréstimo da família Fugger foi aprovada, porém é preciso achar uma maneira de passar pelo bloqueio escocês ao sul do reino inglês

No mês que vem o que representa amanhã, será decidido o futuro da grande nação inglesa, tomaremos a decisão de matar ou não Carlos I e como pagaremos o New Model Army para que continue ao nosso lado na luta contra a tirania real.

Beatriz Camargo Fiore – Sir. Edward Massey

Relatório do terceiro dia da aluna: MARIA LARISSA S. SANTOS – SALGUEIRO MAIA – COMITÊ DO MFA



7ª Sessão (25/06/1975)

Há propostas da criação de um novo governo provisório e continuam os atentados bombistas. A UDN e o MRPP se envolvem em conflitos com grupos católicos e rotarianos. Spínola saiu de Madrid e está agora no Rio de Janeiro, a frente de movimentos como o FDLP (Frente de Libertação a Portugal), e fazendo parte de movimentos como o ELP, que possuem ex-membros da PIDE, membros spinolistas, etc. Contrário do que pensávamos, o PS está muito a frente do PCP nas eleições, ganhando as votação para constituição da nova assembléia.

O Brasil não apoiou a extradição do general Spínola a Portugal para ser preso, e mostrou com seu posicionamento que as relações com os EUA os tornou de fato uma ditadura de extrema direita que apóia crápulas como nosso ex-presidente, considerando-o como alguém democrático.

Em Portugal, já começaram a ocorrer prisões de extremistas spinolistas. Foi sugerida uma aliança com Cuba, com propósito de aprender mais sobre seus modelos de educação, saúde e política. Essa aliança visa concertos internos no país. Foram substituídos os ministro da defesa e das relações exteriores. O atual ministro da defesa é Vasco Lourenço e o ministro das relações exteriores é Álvaro Cunhal.

8ª Sessão (26/06/1975)

O povo sai às ruas, manifestando diferentes opiniões, e são necessárias medidas que de fato apazigúem a extrema instabilidade política portuguesa. Sem dúvida, a substituição por Álvaro Cunhal, e alianças com Cuba nos trariam um marco ideológico mais firme e com políticas de fato concretas.

A pluralidade dentro do MFA não é questionável até isso começar a afetar o bem do povo português. Devido a isso, ocorreram tais substituições no governo provisório. Haverá agora um debate entre Álvaro Cunhal e Mário Soares, e pode haver a possibilidade de um futuro plebiscito para saber a opinião do povo quanto a sua preferência entre o PS e o PCP principalmente.

Esse debate ocorrerá devido às manifestações trágicas provocadas pelos membros dos principais partido portugueses, a fim de que ambos os lados (os mais polarizados) sejam ouvidos.

9ª Sessão (01/07/75)

Dia do debate entre PS e PCP. Álvaro Cunhal deixa claro que não dissimularemos nossa revolução, deixando que a revolução seja feita por revolucionários, e a democracia feita por democratas. Mário Soares, contudo afirmou que as políticas comunistas tinham em vista criar uma nova ditadura em Portugal.

Houve também uma séria complicação, pois Ramalho Eanes e Franco Charais se encontraram com o embaixador americano e com o adido militar dos EUA secretamente. Há indícios de conspiração, contudo, ao chegar, esses elementos justificam sua saída como a simples reunião requerida pelo embaixador com o ex-ministro da defesa, pois como Franco Charais já estava no cargo anteriormente. Simplesmente questões burocráticas sobre os rumos de Portugal. É notória a pendência desses camaradas a direita, e devemos manter a soberania do MFA, a soberania do povo.

Enviamos um requerimento de paz aos líderes dos principais partidos políticos, a fim d e incitarem seus membros a paz, devido as constantes manifestações populares revoltadas ocorrentes.

Surgiram ideias para um possível subsídio a atividades agrícolas a fim de melhorar a vida do campesinato português. Ao final tivemos a presença do líder do PCP, para desnecessariamente esclarecer a determinados elementos, a pauta de uma recorrente reunião entre ministros.

Relatório do segundo dia da aluna LARISSA ALFENAS



No inicio da primeira seção resolvemos que iríamos mudar o tema do dia anterior e começaríamos a debater sobre o racionalismo, e ao longo desse debate fizemos um documento de trabalho falando do tema.


Voltamos, na outra seção a discutir sobre este tema, e ao longo do dia ele foi se concluindo, através de debates não moderados e por meio de documentos.


No final do dia concluímos o tema e encerramos o debate.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Relatório de trabalho do segundo dia dos Alunos GUSTAVO LOPES E JOÃO CREMASCO



RELATÓRIO DO DIA 05/09/2010

Para quem é a favor da extradição, ontem foi um péssimo dia. Por isso, eu, ministro Ayres Britto, o ministro Antônio Cezar Peluso e a ministra Ellen Gracie Northfleet, pesquisamos muito e conseguimos vários argumentos contra a ministra Carmen Lúcia que se apoiava na politicagem da lei Cossiga para atribuir a política ao crime de Cesare Battisti

Por isso, o primeiro a se pronunciar foi o ministro Peluso que assegurou a supremacia do STF sobre o ministro Tarso Genro. Em seguida, a ministra Ellen Gracie fez um pronunciamento que garantia o crime enquanto crime comum. E, por fim, eu me pronunciei acerca da legalidade da retroatividade da lei Cossiga.

A ministra Carmen Lúcia, no entanto, ignorando os nossos argumentos, insistiu que o crime possuía um caráter político, afirmando, ainda, que a Itália vivia um estado de recessão, com os policiais podendo invadir as casas para revistá-las e os telefones sendo grampeados. Entretanto, o que foi defendido por mim e outros ministros é que a Itália vivia um estado de direito democrático, abrigando 30% dos exilados do Chile, após o golpe militar de 1973.

Em seguida, a ministra Carmen Lúcia e o ministro José Antônio Dias Toffoli compararam a lei Cossiga com o Ato Institucional número 5, este último feito no contexto histórico-social da ditadura militar do Brasil. E, por analogia, eles consideraram que a Itália vivia um estado de recessão.



A ministra Carmen Lúcia trouxe uma carta do Tribunal Regional de Goiás que coloca três circunstâncias que tornariam o crime de Battisti um crime político. O ministro Gilmar Mendes desconstruiu a 1ª e a 3ª circunstância e eu desconstruí a 2ª circunstância. Logo após, o ministro Peluso trouxe uma carta de Adriano Sabbadin, filho de Lino Sabbadin, uma das vítimas de Cesare Battisti. Adriano estava presente no crime e, na carta, destacou a frieza de Cesare Battisti e que o crime era de caráter comum. Os que são contra a extradição disseram que a carta possuía alto valor subjetivo e passional e, por isso, deveria ser desconsiderada.

Além disso, recebemos as ilustres presenças do ministro da justiça Tarso Genro e da representante da Itália no Brasil, fazendo discursos que iluminaram os ministros para tomar a decisão mais correta o possível.

Concluindo, a ministra Carmen Lúcia utiliza de uma tática anti-ética, pois ignora os adversários, somente escuta quem lhe interessa e utiliza de gritos e gestos para se impor no Supremo Tribunal Federal. No entanto, amanhã quem é a favor da extradição promete dar o troco.

Relatório de trabalho do segundo dia da Aluna NATALIA ANTUNES



No segundo dia discutimos sobre a racionalismo, materialismo e começamos o liberalismo. Tivemos consenso no racionalismo, pois a igreja não é contra o conhecimento, mas sim quando se coloca esse na frente da Fé, ou seja, de Deus. Por esse motivo o racionalistas são maus vistos na santa Igreja católica apostólica romana.

Já no materialismo, foi um assunto mais difícil, pois se tinha algumas divergências, porem conseguimos entrar em um consenso. O liberalismo começou difícil sem idéias, mas como a ajuda da mesa começamos a discutir, porem não acabamos.

Relatório de trabalho do primeiro dia do Aluno FERNANDO PIOVESAN

O segundo dia de simulação no SiEM foi extremamente agitado, percebemos um pouco melhor o que é viver na Inglaterra em tempos de monarquia.


Nós, parlamentares, discutimos soluções para quitar os problemas financeiros com o exército inglês. Várias soluções foram apontadas, porém poucas viáveis, discutimos desde empréstimos, aumento nas taxas alfandegárias, impostos à nobreza. Porém a maior dificuldade foi chegar a um consenso entre todos os parlamentares, já que representamos várias classes sociais, com ideais e ideologias totalmente antagônicas.

Porém a maior surpresa de ontem, foi a visita do príncipe, Carlos II, avisando que seu pai tinha fugido do “presídio”, de uma ilha ao norte da Inglaterra, e estava vindo em direção à Londres. Todos ficaram aterrorizados, já que tínhamos total certeza que o rei estava em exílio. Após o coffee break, tivemos mais surpresas, a vinda de Carlos I no Parlamento, tentar discutir com pessoas que ainda se portam em Monarquia é algo completamente difícil. Oliver Cromwel discutiu fervorosamente com o rei e nós burgueses apoiamos fielmente o fim da Monarquia Absolutista.



Se no segundo dia de simulação, várias surpresa ocorreram só podemos esperar mais novidades sobre o caso.

“Viva a Burguesia!”

Relatório de trabalho do segundo dia da Aluna BEATRIZ CAMARGO FIORE


Parlamento inglês/câmara dos comuns


No dia 05/09/2010, recebemos a visita de dois lordes da câmara dos Lordes; debatemos sobre qual seria a melhor saída para a crise financeira do reino inglês. Após muitas idéias e poucas conclusões, pensamos em fazer um empréstimo, direcionar outros impostos para o fundo do exército, que começava a se rebelar, e até mesmo pirataria; porém o Sr. Ministro dos negócios inglês nos disse que não seria possível tomar essa atitude. O que aumentou a tensão no parlamento, já que teríamos que pensar em outra solução; a solução achada foi cobrar impostos sobre a Nova Inglaterra.

O príncipe Carlos II convocou os lordes a irem a nossa câmara para avisar-nos que não iria assumir o trono, pois seu pai estava vivo e voltando para Londres, o que nos fez perceber que tinha sido resgatado da ilha onde se encontrava em exílio.

Após muita especulação sobre a veracidade da informação, começamos a debater qual seria a saída para a atual situação; não sabíamos se tentaríamos matar o rei e ter, provavelmente, nossa morte sentenciada por seu exército ou se tentávamos nos conciliar com o monarca, com o plano de nos revoltarmos depois com a ajuda do “New Model Army”. No final na última sessão do dia, recebemos a visita do Sir. Carlos I, o rei; foi possível ver que não conseguiríamos instituir uma monarquia parlamentarista e muito menos uma república parlamentarista, porque o monarca estava tentando retornar com uma monarquia absolutista.


Beatriz Camargo Fiore – Sir. Edward Massey


Relatório de trabalho do primeiro dia do Aluno LEONARDO ALVES DE MELO - CAPITÂO SOUZA E CASTRO




Nome: Leonardo Alves de Melo

Gabinete: MFA

Ano: 1°B

Personagem: Capitão Rodrigo de Souza e Castro


Antes de começar o dia, descobrimos um jornal que falava de fatos de Portugal, mas aquilo era de um dia futuro, logo não precisaríamos levá-lo em conta, pelo menos naquele dia.

Começamos discutindo sobre um porta-aviões dos Estados Unidos que estava na costa de Lisboa, chamamos um representante norte-americano para explicar-nos. No final, acabamos por ficar marcados na OTAN, assunto que discutimos até final do dia.

Depois do almoço ficamos sabendo de um “massacre da páscoa”, em que grupos de extrema esquerda iriam atacar o de extrema direita. Preparamos-nos para isso.

O que surpreendeu foi que, este massacre foi na verdade uma invasão do ex-General Espínola, que foi a parte mais emocionante do dia (e talvez da SiEM). Ele acabou criticando e nos ameaçando.

O final do dia foi marcado por diversos atentados e pela eleição, que mostrou que os partidos de esquerda perdiam votos.



Relatório de trabalho do segundo dia da Aluna MARIA LARISSA SILVA SANTOS – CAP. SALGUEIRO MAIA – GABINETE DO MFA



RELATÓRIO DO DIA 05/09/2010

4ª Sessão (01/03/1975)

O ex-presidente general Spínola fugiu à Espanha e se encontrou com o presidente Francisco Franco. Há no território de Lisboa um porta-aviões, o USS Saratôga, vindo dos EUA que está causando um intenso desconforto.

Depois desses informes sobre a situação de Portugal, nós atentamos mais para a questão da presença do navio em nosso território. Chamamos o embaixador dos EUA em Portugal para esclarecer-nos essa questão. O sr. Frank Carlucci compareceu ao gabinete e nos disse (como o previsto) que o porta-aviões estava lá pelo motivo único de um exercício militar relâmpago em nossas terras.

Questionamos quanto à necessidade desse exercício em Portugal e não nos EUA, e o embaixador respondeu que não entendia nossa preocupação, já que Portugal é um membro da OTAN. Ele também questionou sobre nossa imprudência na realização da reforma agrária, justificando que era antiparadigmática para montagem do novo estado.

Tivemos também a presença do ministro das relações exteriores, dr. Mário Soares que, declarou que Portugal passava por um momento de introspecção, onde estávamos perdendo as rédias com as relações com os EUA. Nossa participação na OTAN, previa (segundo a carta do atlântico) a ocorrência livre de exercícios militares de qualquer membro em nossos territórios.

Fomos informados sobre uma possível “Matança da Páscoa”, onde grupos de extrema-esquerda matariam a pessoas de direita. Esse atentado estava previsto para a páscoa, dia 11 de março, e determinadas fontes disseram que os ataques ocorreriam em Braga, Coimbra e Grândola. A decisão, apesar de radical, tomada foi a de que haveria um estado de sítio durante 30 dias, e o reforço da segurança nas três cidades indicadas e em Lisboa.

5ª Sessão (11/03/1975)

Tropas de Spínola estão a atacar Portugal. Estão por toda a parte, principalmente nas divisas com a Espanha. A que nos parece, o encontro de Spínola com Franco conspirava contra Portugal. Precisamos rapidamente movê-las às proximidades do Palácio de Belém, pois em menos de meia hora chegarão até nós.

O tempo não é suficiente, o general Spínola invade o gabinete do MFA, exigindo a saída de Vasco Gonçalves, Otelo Saraiva e de Álvaro Cunhal do governo provisório. Exige a dissolução do COPCON, a reforma da junta de salvação, a revogação da reforma agrária e a reafirmação do pacto com a OTAN. Álvaro Cunhal se apresenta no gabinete e representa diante de Spínola o povo português, defendo seus interesses e os do MFA.

O golpe fracassa, e o gabinete propõe a formulação de um 4º governo provisório, com a escolha de um novo presidente.


 
6ª Sessão (25/03/1975)

Enfim chega o dia das eleições, e contrário ao pensamento geral, o partido comunista não se encontra à frente do partido socialista nas pesquisas. O PCP sofreu atentado de bombas e certas pichações indicam que foram tais atos foram cometidos por grupos de extrema direita, já que pichavam exaltações a Salazar e a Marcelo Caetano.

Vasco Lourenço e Otelo Saraiva são convidado a ir à Cuba para conhecer um pouco mais do sistema socialista cubano. Enquanto isso é discutido no gabinete uma possível saída da OTAN, devido à participação de um inimigo político de Portugal: a Espanha. Outros argumentos são utilizados para defender tão ponto de vista, como por exemplo, o de que continuaremos a ter relações comerciais com diversos países, contudo muitos membros do MFA são contra tais proposições.

Percebo desde o início um certo desvio ideológico em alguns membros do MFA, pois apesar da pluralidade interna do movimento e da tendência global à centralização, possui inegáveis bases esquerdistas.

Enquanto os camaradas voltam de Cuba, há um atentado de grupo de extrema direita, colocando-os em risco. Essa crescente tensão entre o povo português é mais um sinal de que devemos reformular o novo governo provisório, com a alteração do presidente.